Acostuma-me a idéia de ter que apagar algumas coisas guardadas na memória e aprendo a lidar com isso. Acostuma-me a idéia de saber que não podemos esperar nada das pessoas. Pois, não se pode cobrar aquilo delas o que elas não podem dar.
Eu me desliguei da tomada que me mantinha acesa. A luz ficou fraca e acabou perdendo o brilho.
Esse brilho, incandescente, que insistia em querer iluminar a sombra dos outros, era em vão.
Nesse momento, em que vivo, amo-me intensamente. E desejo levar amor às pessoas que merecem o meu amor. Pouco importa os pequenos pensamentos. Deixo-os para que as pessoas possam juntar todos e no final acredito que isso possa resultar em uma enorme montanha de julgamentos infelizes, valores velhos e engavetados. Pois, não há verdade absoluta. O conceito de felicidade é algo pessoal e muito íntimo.
E esboçando essa falta de sentido, nesses dias, que se projeta nas teclas de um velho computador, posso dizer que não preciso da arrogância que fere, machuca e magoa. Essas coisas são pequenas e irrelevantes e devem ser jogadas fora, porque não fazem bem ao coração e a alma. Não vivo de mal com o mundo e espero receber do mundo o que eu posso dar para ele. Existirão dias em que tudo fará sentido para todas as coisas. Pois a vida é como um grande quebra-cabeças, em que as peças se juntam para dar sentido à nossa existência na terra, e cada dia que juntamos essas peças entendemos que viver transcende qualquer julgamento de valor. Porque a vida é muito maior que pequenas coisas.