O que dizer?

Saberia muito menos sobre mim, se não entendesse as coisas do mundo



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quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Mudando o assunto...

Mude
Navegando pela Internet, eu encontrei um BLOG (sensacional) do filósofo, escritor e poeta Edson Marques, vencedor do prêmio Cervantes/Ibéria 1993.
Quem navegar pelo site encontrará textos bem elaborados e conteúdo agradável. O tema central do BLOG é o verbo "mudar". Inclusive, o poema "Mude", que alguns pensam ser do jornalista Pedro Bial (apenas intérprete do texto, no CD Filtro Solar, da Sony Music) e, também, por ter larga circulação na Internet, foi atribuído a outros nomes da nossa literatura como Clarice Lispector, Cecília Meireles e Paulo Coelho. Porém, o poema foi registrado na Biblioteca Nacional como sendo de autoria do escritor Edson Marques, citado por ele mesmo, em matéria, para o Observatório da Imprensa (2004). Passados cinco anos, não sei como anda o caso ou se já foi resolvido. Enfim, o que se sabe é que desde que a Internet surgiu, muitas pessoas passaram a escrever, copiar, fraudar, plagiar textos e publicações de outras pessoas abertamente pela rede. É fato que a disseminação dessa ilegalidade continuará a existir no meio virtual. E sabe-se lá té quando irá durar. Mas, também, há outra certeza, a de que os trâmites judiciais, paralelamente, continuarão a ser exercidos, no que diz respeito aos direitos autorais, quando estes estão devidamente registrados pelos seus autores.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Madrugada

É madrugada e eu não consigo dormir. Por isso, resolvi escrever. Não gosto quando isso acontece, pois me remete à certas lembranças. É tudo muito estranho. Há mais de um ano, não imaginava passar por isso. Fazia tempo que eu tentava apagar certas coisas da memória. Mas, não é tão simples assim. Reencontrei uma pessoa. O fato é que esse reencontro aconteceu em um lugar não muito agradável. E eu sei que no momento que ela mais precisou de mim, não fui forte o suficiente para ajudá-la. Arrependo-me, mas não consegui. O motivo de eu ter me distanciado de tudo, foi tentar esquecer algo intenso passado há quase uma década. E agora, o que resta? Um lugar vazio, áspero, cinzento e fúnebre. Foi assim, que, depois de muito tempo, resolvi voltar ao lugar da nossa despedida. Todos os sonhos e projetos foram embora muito cedo e deram lugar a um espaço vago. Sempre sendo deixado em último plano. E quando quase chegamos a entrar em sintonia sobre os nossos planejamentos, aconteceu o inesperado. Para todos, uma queda... Distanciar-se de alguém que se ama, para sempre, é algo assustador. A madrugada traz essas lembranças. Pois, foi ao lado dessa pessoa, que durante a madrugada de alguns meses, eu pude ouvir seus medos, angústias, dúvidas e pedidos. E assim, ele nos deixou. E esse infortúnio, leva a sua mãe a ir todos os dias ao mesmo lugar vazio e fúnebre com flores e lágrimas.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Bailarina

Deixa-me ser como a bailarina...
Que na leveza do encanto, torna-se um ser elevado aos olhos do público. Que no ato mais singelo do movimento dos pés sobre o palco, encontra sabedoria para conduzir seus passos.
E que na elegância magistral, curva-se diante dos aplausos calorosos da multidão, sem existir a altivez dos imbecis.

Confiança

Se eu pudesse ler pensamentos, estaria só. Se eu pudesse entender as pessoas, estaria louca. Confiar em alguém abre preceitos para solidificar a estrutura de uma amizade. E isso não é construído tão rapidamente. Levam-se anos para atingirmos altos níveis de confiança em alguém. A confiança, estando ela em todas as esferas das relações sociais, torna-se tão sensível quanto um cristal. E quebrá-la, fica impossível juntar os minúsculos estilhaços de vidro com tamanha perfeição de outrora. A perspicácia do ser humano em atrair para si outrem e que por final das contas percebe-se o vasto interesse sobre a vida alheia a fim de extirpar algo de outro, é tão pobre quanto. E pensar em fazer algo sem achar que está sendo notado, é mais miserável dos pobres ainda (refiro-me à pobreza da espiritualidade). Assim que percebemos as nuances, por menores que sejam, da traição, choca-nos. E ainda mais quando se trata de amigos tão próximos, tão íntimos. Prefiro afastar-me, melhor solução a ser feita. E acaso as situações não fossem extirpadas, hipócrita seria eu. Não sendo, prefiro a abdução de relações, qualquer que seja. Prefiro a solidão à traição de um amigo. Quão magnitude de imbecilidade de alguém que se julga tão esperto ao ponto de achar não ser percepitível aos olhos de quem enxerga as coisas tão profundamente?


Outra Vez

Você foi o maior dos meus casos
De todos os abraços
O que eu nunca esqueci
Você foi dos amores que eu tive
O mais complicado
E o mais simples pra mim
Você foi o melhor dos meus erros
A mais estranha história
Que alguém já escreveu
E é por essas e outras
Que a minha saudade faz lembrar
De tudo outra vez
Você foi a mentira sincera
Brincadeira mais séria
Que me aconteceu
Você foi o caso mais antigo
O amor mais amigo
Que me apareceu
Das lembranças que eu trago na vida
Você é a saudade que eu gosto de ter
Só assim, sinto você bem perto de mim
Outra vez
Esqueci de tentar te esquecer
Resolvi te querer por querer
Decidi te lembrar quantas vezes
Eu tenha vontade sem nada a perder
Você foi toda felicidade
Você foi a maldade que só me fez bem
Você foi o melhor dos meus planos
E o maior dos enganos que eu pude fazer
Das lembranças que eu trago na vida
Você é a saudade que eu gosto de ter
Só assim, sinto você bem perto de mim
Outra vez
R.Carlos

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Música

Para ocasiões, Debussy
A música condiciona a alma, aprisiona o tempo e as pessoas. Claude Debussy, compositor francês, nascido em Saint-German-em-Laye, é um dos meus prediletos. É preferível ouvi-lo durante o mais absoluto silêncio.
Conhecido por sua incompreensão musical, Debussy não seguiu as regras da harmonia clássica, fato que permitiu a abertura de um universo sonoro e impressionista, em sua época. Assim, poder-se-ia dizer, para as artes plásticas: o compositor mais abstrato, sendo equivocadamente considerado como autor de uma música literária e pictórica.
Ao apreciador da boa música, deixo as minhas considerações finais: Utilize-a como remédio para os males do cotidiano. E ao final do dia, eduque aos ouvidos para a boa música, a fim de entediar o cansaço e conseguir uma boa noite de sono. Recomendo Clair de Lune, do álbum Klavierwerke.
Visite o site:
http://www.1stpiano.com/

Simplicidade

"É tolo o homem que se julga sábio. A maior virtude da humanidade está na simplicidade de sua existência. Intitular-se sábio, sem estar consciente disso, é limitar-se ao nada. Limitando-se ao nada, morre-se em vida. Preferir-se-á a ignorância à sapiência intransigente dos tolos".

Eis a metade de mim...

Certas verdades tornam-se mentiras... Certas mentiras são a metade.
Quando o sentimento traz dúvidas, já não se sabe o que sente...
A metade que não se completa. O vazio esmorecimento da alma.
Perdem-se em meio aos fatos... Inverossímeis...
Teimosia. Deixar-me-ia, não fossem as promessas...
Não há tempo para mais nada...
Uma parte de mim curva-se... A outra, não sei... Não a encontro.
Talvez esteja no escuro. Não consigo enxergar.
Solidão, metade de mim.