O que dizer?

Saberia muito menos sobre mim, se não entendesse as coisas do mundo



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terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Madrugada

É madrugada e eu não consigo dormir. Por isso, resolvi escrever. Não gosto quando isso acontece, pois me remete à certas lembranças. É tudo muito estranho. Há mais de um ano, não imaginava passar por isso. Fazia tempo que eu tentava apagar certas coisas da memória. Mas, não é tão simples assim. Reencontrei uma pessoa. O fato é que esse reencontro aconteceu em um lugar não muito agradável. E eu sei que no momento que ela mais precisou de mim, não fui forte o suficiente para ajudá-la. Arrependo-me, mas não consegui. O motivo de eu ter me distanciado de tudo, foi tentar esquecer algo intenso passado há quase uma década. E agora, o que resta? Um lugar vazio, áspero, cinzento e fúnebre. Foi assim, que, depois de muito tempo, resolvi voltar ao lugar da nossa despedida. Todos os sonhos e projetos foram embora muito cedo e deram lugar a um espaço vago. Sempre sendo deixado em último plano. E quando quase chegamos a entrar em sintonia sobre os nossos planejamentos, aconteceu o inesperado. Para todos, uma queda... Distanciar-se de alguém que se ama, para sempre, é algo assustador. A madrugada traz essas lembranças. Pois, foi ao lado dessa pessoa, que durante a madrugada de alguns meses, eu pude ouvir seus medos, angústias, dúvidas e pedidos. E assim, ele nos deixou. E esse infortúnio, leva a sua mãe a ir todos os dias ao mesmo lugar vazio e fúnebre com flores e lágrimas.

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