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Se eu pudesse ler pensamentos, estaria só. Se eu pudesse entender as pessoas, estaria louca. Confiar em alguém abre preceitos para solidificar a estrutura de uma amizade. E isso não é construído tão rapidamente. Levam-se anos para atingirmos altos níveis de confiança em alguém. A confiança, estando ela em todas as esferas das relações sociais, torna-se tão sensível quanto um cristal. E quebrá-la, fica impossível juntar os minúsculos estilhaços de vidro com tamanha perfeição de outrora. A perspicácia do ser humano em atrair para si outrem e que por final das contas percebe-se o vasto interesse sobre a vida alheia a fim de extirpar algo de outro, é tão pobre quanto. E pensar em fazer algo sem achar que está sendo notado, é mais miserável dos pobres ainda (refiro-me à pobreza da espiritualidade). Assim que percebemos as nuances, por menores que sejam, da traição, choca-nos. E ainda mais quando se trata de amigos tão próximos, tão íntimos. Prefiro afastar-me, melhor solução a ser feita. E acaso as situações não fossem extirpadas, hipócrita seria eu. Não sendo, prefiro a abdução de relações, qualquer que seja. Prefiro a solidão à traição de um amigo. Quão magnitude de imbecilidade de alguém que se julga tão esperto ao ponto de achar não ser percepitível aos olhos de quem enxerga as coisas tão profundamente?
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