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E quando sentia fome, fazia-me um agrado à espera de comida.
Em troca, miava, timidamente, e me fazia um carinho...
Depois de comer, dormia. Acordava, lambia seus pelos e fazia de conta que eu nem existia. Quantas vezes me ajudou a exterminar as temidas baratas?
Quantas vezes brincou comigo?
E quantas passou as suas unhas nos meus braços? (brincadeira que acabava me machucando).
Quantas vezes eu a levei para vacinar? E a segurei firme em meus braços para que não fugisse... (por diversas ocasiões, acho que me odiou).
Foram incontáveis as subidas nos muros dos vizinhos em busca da assustada menina que insitia em subir no telhado e ficar miando horas e horas em busca de ajuda (propositalmente, ela adorava fazer isso).
E quantas palmadas (leves) já dei, quando tentava estudar, enquanto ela miava alucinadamente atrás de namorados.
E quantas vezes eu tentei falar sobre eles, mas, ela nunca me ouviu.
E agora, eu sei que todas essas peripécias ela está fazendo do outro lado com os anjos. E peço, por favor, que tenham paciência com ela.
E que quando ela subir no telhado, chamem-na com carinho pelo nome, tenho certeza que ela olhará (com aqueles olhos brilhantes), fará um charme de 30 minutos e correrá em direção aos braços que quem a resgatar.
Há tempos de se viver, de se encantar e de se perder algo valioso.
Saudades...
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